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Não gosto, mas não gosto mesmo, do egoísmo que se tem apoderado da humanidade, não suporto a hipocrisia que se juntou a ele… Não suporto saber que alguém, por simples egoísmo fala mal de mim nas costas, e pela frente me trata por meu amor e me vem com paninhos quentes… Não suporto mesmo então quando se trata de alguém da minha (?!) família (?!) … Isso ainda existe? Sorrisos falsos, palavras secas, olhares que me roubam a essência de ser… Isso conta? Isso chama-se família? De que me serve um elogio de bocas que o fazem somente porque… Na altura fica bem aos olhos dos outros… Quem sou eu afinal? De onde venho? E mesmo… Para onde vou? Que aqui faço? Rastejo tentando combater todo este tormento… Vaguei quase já sem forças, sem alma, derrotada em muitas batalhas… Mas ainda em pé, arrastando um pé seguindo o outro… Em pé… Mantenho-me firme, porque as batalhas vencidas me dão a força necessária para me elevar do chão e continuar a guerra… Mas vale a pena? Se isto só piora, vale a pena continuar ou simplesmente dar-me por… Derrotada… Sentar e ver o tempo, o mundo, os momentos, as pessoas a passar a minha frente? Tentar alcançar quem vai a cair e me pontapeia a mão? Dar um sorriso verdadeiro a quem me devolve um falso? Falar, opinar, discutir, contra factos que não mudaram apenas porque eu resisto? Porque hoje em dia se fazem as coisas porque aos olhos dos de fora parece bem? Para quê transmitir a ideia de família feliz, se no fundo, há membros dela que não estão felizes? Para quê? Porquê? Onde? Quando? Isto irá mudar… Continuarei a lutar, até que as forças me falhem… A mim… Não conquistam!