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Onde estás? Onde estás tu? Onde estão as tuas palavras? Os teus abraços? Onde estão os teus beijos? Onde está o teu carinho? Onde está o teu calor nas noites geladas? Os teus abraços frescos de aconchego? Onde estás? Para onde foste? Já não te vejo, mal te sinto, não te oiço, porque não falas, e quando falas, a tua voz está longe, quando te vejo, és apenas um vulto… Distante, lá longe… Chamo-te, grito, mas não me ouves, não olhas para trás, grito com todas as minhas forças até a garganta me doer e as lágrimas começarem a cair, a voz falha, e tu… Desapareces… Onde estão? Os traços do teu rosto, que eu gostava de olhar, e adormecer, com os teus carinhos… Onde está a tua simplicidade de ver a vida? A tua alegria de viver? Os teus sorrisos? Onde estão as tuas lágrimas de felicidade? Agora as únicas lágrimas que em ti vejo são lágrima de tristeza, já não és tu… Já não sorris, os teus olhos… Estão afundados de tristeza, já não gostas, nem queres viver… Sem razão te perdeste na tua angustia, perdeste o teu verdadeiro eu, ficas-te caída no chão… Tento erguer-te, fazer-te sorrir, mas desesperei, não sei que razões mais te apontar para a vida, não sei que pretextos mais inventar, para desculpar quem te deita abaixo… Vives no ódio e na culpa, que tu própria inventas-te… Seguro-te a mão trazendo-te para a frente mas não queres, largas-me e mão e olhas… Ternamente… Mandando-me seguir meu caminho… Mas eu fico… Eu cuido de ti…