E por aqui fico, sem computador, volto daqui a uns tempos... Lá para o ano. Visto que só depois de voltar da Suiça devo voltar a ter computador. Até lá, fiquem bem :)
Sem computador... E sem data de voltar...
Um dia, tu sairás porta fora, levarás os braços ás nuvens, sorrirás, e gritarás mil vezes, que és feliz. Ouvirás um eco outra mil, porque o teu grito chegará ao outro lado do mundo. Mas ninguém vai ligar. Porque, soubeste enganar-te a ti e aos outros, e mostraste sempre isso. Mas nesse momento, sim, tu serás realmente feliz!
Desde o fim de semana que estou meio ranhosa. Pois, domingo estava um bocado para o rouca (de tanto cantar que marian is a bitch… Com a Regina Spektor e com a Sara…) segunda viu-se a coisa piorar um bocado, dores de garganta e um bocadito de tosse. Terça estava igual, mas Quarta, estava assim que a voz por vezes falhava, ir para a manifestação, gritar pela ministra, e por todas aquelas coisas, estava frio, mas tinha calor, pronto. Foi bonito, fiquei com muita tosse e ainda mais rouca… Hoje que acordei animada pus música, ia para cantar mas qual quê… Nem nadinha. É impossivel, ontem á tarde tive que ir beber um chá ao bar da escola, porque a tosse estava a dar cabo de mim. É irritante. Mas pronto. Diz-se que hoje chove, mas que amanhã vai estar sol. E parece que ontem tive teste de português, e hoje vou ter de HCA (História e Cultura das Artes) vamos ver, e tentar fazer.

Manif.

Éramos muitos, gritámos, chamámos por ela. Mas nada, foi quase uma batalha sem correspondência… Muitos perderam a voz, e as pernas certamente já doíam. Será sempre assim… Apesar de termos estado ali a lutar pelos nossos direitos, pela injustiça que é o novo estatuto do aluno, de nada valeu. Para a próxima, pode ser que tenhamos mais sucesso. Porque hoje, só ganhei mesmo uma dor de garganta, uma gripe pior e cansaço…

A vida!

Vão viver juntos, ela não o ama, mas precisa ama-lo. Ele pode sustentá-la, e ela não é capaz. As duas filhas não gostam dele, porque já antes, era demasiado possessivo. Ela precisa de gostar dele, porque é quem trará o alimento. Ele saiu para trabalhar, chegou tarde, e bêbedo. Queria beber mais, mas não havia em casa. Ele gritava, as meninas acordaram, ela pedia-lhe que falasse baixo. Ele gritou, e mandou-a contra o frigorífico. Ela a chorar, foi por as meninas na cama, assustadas. Ele queria sexo, ela não queria. Ele cheirava a álcool. Para ele não gritar, para as meninas não ouvirem, ela deitou-se e chorar, deixou-o fazer o que quis. A dor imensa. No dia seguinte, as dores, as perguntas e o medo das meninas. Ela disse, que era a primeira, e ultima vez, ele vinha apenas chateado. Ela faz um jantar melhor, ele chega tarde, as meninas já dormem. O comer estava frio, e já não havia gás. Ele queria comer, e hoje, trazia mais uma garrafa de cerveja. Ele sentou-se no sofá chateado, mas sem gritos, a ver televisão e a beber a cerveja. Ela aliviada, acreditou que o dia anterior teria sido apenas um pesadelo. Ela vai dar-lhe um beijo, estava com sono. Ele pega-a pelos cabelos, chama-lhe nomes, e diz que tem fome. Ela chora. Baixinho. As meninas não podem acordar. Ela está na cozinha, a tentar fazer alguma coisa, ele vai, agarra-a por trás, e queria sexo. Ela não queria. Ainda doía do dia anterior. A menina mais velha acorda, vai na direcção dele, e bate-lhe, com desespero. Pede para deixar a mãe. Ele manda a garrafa de cerveja quase vazia contra a parede e vai-se deitar. A menina abraça a mãe, a chorar, as duas vão dormir. No dia seguinte, era segredo, a pequenina ficaria triste ao saber. As lágrimas da mãe corriam, abraçaram-se as três. As meninas já dormiam, ele chega e cai na porta de entrada de tão bêbedo. Ela põe-no a pé, e ela bate-lhe na cara. Bate-lhe no peito, nas pernas… Ele bate-lhe o mais que pode até ela não conseguir aguentar mais a dor e ter que gritar e acordar as meninas. Ela aguentou, levou e só gemia, deitou-se, ele quis sexo, ela estava quase inconsciente. No dia seguinte, foram as meninas que a acordaram, com o pequeno-almoço num tabuleiro. Quando ela as olha, com todas aquelas marcas, aqueles hematomas… A mais velha deixa cair o tabuleiro. Chora. A mais pequenina fazia perguntas. Ela prometia que aquilo iria acabar, agarra as meninas com todas aquelas dores, e beija-as. Diz que as ama, acima de tudo e faz tudo por elas. Tudo se repete. Até ao dia, em que ela já não lhe chegava. Em que ele chega bêbedo e elas jantavam. Em que ele lhe bate em frente ás meninas. Em que elas… Vão em auxilio da mãe e o tentam parar. E ele, pela primeira vez, manda a mais pequena ao chão com violência e bate na cara da mais velha, com tanta força, que lhe saiu logo sangue da boca…




Há mais problemas do que o estado monetário do nosso país…

Tens razão...




Há... Há coisas que não se explicam.