Parabéns a ti avô, já farias 90 anos... E como nada consigo escrever, posso repetir o que já disse...



O seu olhar cansado,
A pele enrugada da velhice,
Foi e será amado,
Pelo seu toque de meiguice,
Ar robusto o seu,
Apesar de tudo muito amor deu,
Uma longa vida de sofrimento,
Que sofrida até ao ultimo momento,
Já a memoria lhe faltava,
Gemia de dor,
Os seus olhos já não tinham cor,
Já nem falava,
Mas seu sorriso ás vezes tudo explicava,
Tinha um coração forte,
Que lutou até a sua morte,
Saudade cá deixou,
Por todos os que amou,
Um beijo na tua pele suave…
Avô… Tenho saudade…


http://mypoemaz.blogspot.com/2007/04/saudade-de-ti-av.html
Parabéns minhas GRANDAS MALUCAS!


Os anos foram passando, não são assim muitos, mas poucos não são certamente. Éramos umas quantas, lembro-me de saídas a quatro, como no dia em que houve uma enorme confusão por causa de cinco euros que vos foram roubados. A escola foi evacuada, era Carnaval, e lá fomos até casa das Gémeas (vossa casa) e pintámos o cabelo com as latas de tinta dos chineses porque saía bem do cabelo, agarrámos em milhentos balões de água, que eram sempre nossos grandes companheiros, e fomos até aos jardins, Parque Tejo chamam-lhe os ricos, para nós, o Trancão. Eu, vocês e a Natacha. No sexto ano, foi uma tarde espectacular, ainda consigo lembrar-me de quando íamos a correr na relva e a Natacha ficou enterrada numa possa de lama, os sapatos dela todos sujos até ás meias, com isto muito nos riamos, enchíamos balões de água enquanto a Natacha sentada no chão perdida de riso mandava água para limpar as meias, elas pingavam. Foi um daqueles dias bastante marcantes, ainda vocês tinham o cabelo curto, e olhem-me para ele agora… Éramos umas pestes rebeldes, marias rapazes, estávamos sempre a jogar á bola, a gozar e a tentar ser más como os rapazes. A separação bastante subtil, o reencontro, pouco tempo depois, mas foi um reencontro, sempre tivemos os nossos desatinos como é óbvio, mas isso pouco durou e cá estamos agora. Vocês com 18 anos, a F. pelos vistos… Foi embora, espero que tudo lhe corra bem, espero que tudo isto não seja um enorme erro. Mas F. devias voltar, aquilo que estás a fazer é uma loucura. E tu P. pronto, este ano, e o passado andámos ainda mais próximas, babes, as babes… Tenho saudades, imensas, espero que este dia tão especial tenha passado bem com a minha ausência, vamos viver muitas loucuras ainda, vamos dizer muitas parvoíces, tirar muitas fotos das babes… E uma série de coisas, tira a carta babe, tira que vamos passear.


[(de)primida num canal de lembranças, era tudo tão perfeitinho…]




Ali nada mudou, o grande relógio do tempo deve ter parado no dia em que fugi da mudança, porque a imagem que tenho daquela casa é aquela com que tive todos estes anos, não a vi vazia, nem desarrumada. A vila está igual, florida, muito mesmo, a vila mais florida do bairro, as mesmas pessoas, mas o sossego é maior, está tudo silencioso, não há o barulho da minha bola a bater no portão, ou da música alta… As mesmas pessoas ali, nos mesmos sítios… Os mesmos frequentadores de cada café a cada esquina têm as suas discussões sempre iguais… Ali o relógio parou, num compasso descoordenado de uma melodia silenciosa. Por mais tempo que passe, aquele será sempre o sitio que me viu crescer, será sempre o melhor. Por mais mudanças que ali possam haver, será sempre tudo igual, enquanto os mesmos rostos me virem pela janela do tempo.

Robots?

São tantos os caminhos como os bancos de autocarro, mas ambos não chegam singularmente para cada pessoa, as três crianças dividem dois bancos de costas para o percurso, nos caminhos não se vê somente uma pessoa, são caminhos repletos de gente. Ligadas a uma qualquer corrente, têm um ar robotizado, não riem nem sorriem, caminham na rotina que as consome. Têm ar cinzento de olhos nublados e sobre eles chove… Chocam uns com os outros porque nem se vêm… Vivem a vida num mar repleto de crude derramado pelos seus corações. Sempre que saio, respiro fundo e olho, ali, os pássaros cantam, há aquele jardim de relva meio gasta… Mas assim que entro no autocarro lá estão elas, as pessoas robots… Olho para tantas, que nos olhos vejo sempre um pouco ou tanto de profundidade sem cor. Pergunto-me se eles sentem, se são capazes de fazer outra coisa senão olhar de lado com narizes torcidos para quem vai a sorrir… Será que vivem?

EU QUERO!!

Eu quero um...
Ou uma...
Se alguém me quiser oferecer, assim por acaso apenas, basta contactar para o email =D


Hoje quero escrever sem qualquer tema, titulo ou motivo. Quero apenas escrever e dizer coisas de diversas caixas. Posso dizer que hoje enquanto arrumava a gaveta, abri uma das minhas caixas e descobri que tenho mais fotografias da Di quando era pequena que de outra pessoa qualquer. Encontrei umas pulseiras, com a palavra Confiança escrita, três, apetece-me usar uma e dar as outras, mas logo se vê. Hoje também queria agradecer as tuas palavras, tinha saudades delas já, e também estás no meu pensamento e coração, mas sinto a tua falta, das coisas que me dizias e tanto me fazem crescer somente de as lembrar, já sei gerir a minha inteligência emocional, embora em vezes falhe. Como vês, estou crescida, não tarda e estou a ir ter contigo de carro, para te dar não um, mas muitos abraços. Agora a semana, a semana foi má, muito má, devo andar com a vista mais cansada, o que me provocou assim umas dores de cabeça super terríveis em que não podia olhar nem para o ecrã do computador nem para o telemóvel. Fiquei dois dias em casa, quinta foi mais uma fuga, sexta já foi mesmo porque tive mesmo trés malade. Quase desmaiei quando acordei e me pus a pé, dormi mal. Mas pronto, estou melhor, agora dói apenas quando dou algum abanão com a cabeça. Esta semana é mais pequena, e tirar a sexta é óptimo, espero que terça tenha-mos um filme para ver na aula de projecto, e assim depois de terça a semana está completamente acabada. E chega, vou deitar-me. O Benfica está a perder, ou seja, estou completamente frustrada, daí o texto. Sinceramente! Acabou de ser golo… E de quem? DO PORTO! CARAGO! Vou-me embora! Estou frustrada!

E sim sou eu! Que gosta de acordar cedo e ver séries logo pela manhã, que adormece tarde por estar a mandar mensagens, que fala ao telemóvel na cama de olhos fechados, que fica sentada nela a ver a trovoada mas escondida, para que ela não me veja. Sou eu que gosto de me sentar naquele sítio a que chamo ponte e tocar viola ou fazer barulho, desenhar, fotografar, ou até mesmo discutir com a melhor amiga apenas. Sou eu que detesto falar pelo MSN com os amigos de perto e só o faço para dizer “tenho bué saudades!”. Sou eu que gosto de filmes de terror de um modo estranho, porque os vejo para adormecer, que gosto de muita gente e de tão pouca porque existe tanta gente no mundo. Sou eu que gosto de ficar na água da praia, do rio, da piscina horas a fio, que tenho o tique de tocar na ponta do nariz, que levanto o pé e balbucio quando falo embaraçada. Que gosto de cantar e sorrir a imaginar uma série de coisas nas viagens de autocarro. Sou eu que gosto de andar á chuva e ficar a pingar, que gosto de chapinhar em todas as poças de água, que tenho como desejo mergulhar na praia num dia de chuva. Sou eu quem gosta de guardar todo o tipo de coisas que me façam lembrar momentos, que adoro peluches e ter a cama cheia deles. Que vibro com uma música, com uma fotografia, com um texto, com uma pessoa, com uma palavra, sou eu que vivo, as poucas coisas ao máximo. Sou eu que me perco em memórias de fotografias, que imagino como tivesse sido a minha vida, se não tivesse caído ao rio num certo dia, se não me tivesse esbarrado com aquela pessoa, ou se não conhece uma ou outra. Sou eu que gosto de escrever e desenhar nas aulas, que encho folhas de textos que nunca têm um final, que adoro jogos. Sou eu, mimada á minha maneira, que gosto dos abraços, dos beijos na testa, das festinhas na cabeça. Sou eu que detesto que me mandem calar e detesto que me batam nas costas. Sou eu, orgulhosa, simples, menina grande, paciente… Sou eu sim… Com isto, e muito mais…

Espero-te vendo os minutos passar,
O coração acelera
A cada vez que o telemóvel toca,
Espero-te numa mensagem,
Num minuto que se possa perder
No tempo incerto.
Espero-te na janela,
Nos livros, no meio das palavras,
Espero-te, porque sinto saudades.
Espero-te e procuro-te
Aqui e ali, na indecisão
De querer ou não.
Procuro-te nas recordações
Dos papelinhos dobrados,
Procuro-te nas emoções,
Dos dias detalhados contigo.
Mas espero-te…
Espero-te porque quero que voltes…
E procuro-te…
Para te chamar…





À medida que a situação e o tempo avançam torna-se tudo cómodo. Sim, já não estou consumida pelo medo de partir daqui, não sei… Sinto que os laços afectivos se vão soltando como os cordões velhos de uns sapatos gastos… Nunca deixaram nenhuns de ser amigos, mas podem ser amigos à distância, afinal se muitos têm e suportam, porque não serei eu capaz de os ter e de suportar a distância e a saudade? Mas quero apenas cortar qualquer inicio de laço afectivo de uns sapatos novos, não quero apertar mais cordões, começar a gostar demasiado. Quero somente que o tempo me pare neste preciso momento, onde tantos ou muitos me fazem imensa falta mas suporto tal sentir. Não quero qualquer encontro amigável ou amoroso, não quero telefonema nenhum a dizer que alguém sente a minha falta, quero somente que os cordões se vão soltando á medida que o tempo passa sem me dar conta, para que, por mais egoísta que esteja a ser, na hora do Adeus, não tenha que doer tanto. Talvez muitos tenham razão… Outros costumes sejam bons de conhecer, outras pessoas. Sim talvez vá ser algo bom que irá talvez acontecer, é quase certo. Ao menos lá vai ser um começar de novo, um inicio de tudo sem dúvida alguma, confesso o meu fraquinho pelo alemão, sempre tive curiosidade nessa língua. A minha irmã diz que os “suíços” são bonitinhos, e depois há muito boas escolas em Itália… Estou disposta a ir, pode ser que dê para tirar a carta por lá aos 18, pode ser que faça assim uma enorme viagem depois, conhecer uma série de países, viver melhor sem dúvida. Quero mesmo, que os sentires parem neste momento e que avance o tempo, somente esse, e que chegue o dia de ir, vai doer menos, talvez muito menos…
Acho que, mudei drasticamente os meus “vícios” musicais, sempre tive um gosto bastante variado mesmo, chega a ser de extremos, mas realmente agora, não é uma questão de não gostar, mas de não ter vontade de ouvir, continuo com a opinião de que os grandes do Hip Hop Tuga dizem umas boas verdades, continuo a achar uma kizomba ou um kuduro de muito bom ritmo, mas realmente é coisa que já não para nos meus ouvidos. Já não vou a caminho da escola a ouvir grandes êxitos africanos, dou por mim a cantar para dentro Mafalda Veiga ou Susana Félix, e outras vezes vou com algo assim mais calmo, reggae ou aquelas músicas “malucas” do menino Filipe… E nos dias assim mais menos bons, gosto, não sei porquê de ir a ouvir Editors. Isto no caminho apenas, porque em casa, ou noutro sitio é tudo misturado, mas o certo é que já não sou capaz de ir a ouvir bandas ou cantores como… Bem muito sinceramente, música dos “americanos”… Rap, Hip hop… Não consigo já não me chama á atenção. Pronto para o ano quando tiver o meu carro, os manos, não vão querer andar comigo (hehehe) ou então habituam-se ao Bob Marley (hahahahaha). Realmente quando ela me disse que eu estava diferente, e eu lhe disse que não… Estava mesmo enganada…











Hoje é dia de receber e passar um mimo. Recebi da Coragem (um obrigada assim muito grande, e um beijo ainda maior) esta coisita bonita, com um grande significado. E decidi passar á primeira pessoa que me veio á cabeça após receber o miminho, á Gina, pelos vistos eu sei o porque e ela também (hehehe) e pronto. Lá vai… Um beijinho muito grande também para ti :)
Por vezes ainda achava, que valia a pena a preocupação, o valor, a confiança… Mas se tudo é recebido e lançado ao mar, de que vale? Há quem precise e mereça, muito mais daquilo que dou, é bom começar a pensar melhor… Isto há coisas que realmente… E mais uma coisa, as meninas banais são fotocópias umas das outras, já hoje disse… E hoje não fossem aqueles momentos em que me ri, diria que estou rabugenta como u’raio…


Obrigada a ti G. pela companhia :) fez bem… Trés bien!



Ah e a menina que andou a utilizar fotografias da minha autoria no site deviantART, olha vou pedir com delicadeza, caso leias isto, se cá voltares vais ler, é favor tirar de lás as fotografias sim?! Não me agrada a ideia de plágio! Nadinha mesmo! E se não sabes, aquele site é para expor trabalhos teus... Não de outra pessoa.


Com tudo isto o clique para eliminar o blog esteve por um segundo...

E mais uma noite caí,
As portas fecham-se com ela,
O finalizar de mais um dia
Com o cair de um inicio…
O inicio da noite.
O inicio da magia
Que ela trás no rosto,
Se nunca fechares a janela
Não sentes medo sabias?
A lua e as estrelas lá estão…
A sua luz é suficiente.
E depois, antes de dormir,
Ainda vejo a tua sombra,
E como jogas com ela
Numa espécie de escondidas.
Acabas sempre por ser encontrada,
Não fosse a tua sombra
A única que não te deixa.
E ela nunca te deixará,
Juro que não!
Mas promete…
Promete que não fechas a janela,
Porque gosto de te ver,
A ti e á tua sombra
Colocada além de ti.
Quando escreves é…
Quando gosto mais…
Aproximas o rosto do caderno,
Ai menina! Minha menina!
Onde paras tu agora?
Agora que já nem com…
A janela aberta te vejo,
Nem a ti, nem á tua sombra…
Volta. Se valer a pena…



Que pouco tenho de meu
Senão o lápis e o pedaço de papel?
Que mais carrego de mim
Senão o meu Eu e o preço de o ser…
Que mais, senão as letras
Soltas no papel com alma.
Mas e vê-las?
Vê-las? Digo… Senti-las assim…
Tal e qual eu que as escrevo.
Quem pode perceber?
Só quem as sente…
Mas e saber sentir?
Saber procurar a alma
No pedaço de papel e…
Percebê-la acima de tudo.
Quem me sente as letras?
Quem as consegue perceber
Da simples mas complexa
Forma como as mostro,
Quem senão eu percebo?
E eu?
Percebo mesmo?
Perceberei eu o que sinto
E tento mostrar no que escrevo?
Quem me perceberá,
Se eu mesma
Não percebo o que sou
Ou o que sinto…