Foi pouquito.
Mas foi!
25/09
:) e gostei, de ti.

Tan tan tan tan!

Todos os dias crescemos, todos os dias da nossa vida há algo que nos chama á atenção e nos ensina alguma coisa, por vezes, apenas, que é preciso sorrir. Mas há pontos mais marcantes, ponto de maior dificuldade de ultrapassar. Pontos em que a batalha custa tanto a passar que a vitória sabe a dobrar. Chegou a altura de crescer á séria. De ser maior de idade sem ainda o ser. Chegou a altura. Amanhã ela vai. Domingo começa a contar. Aceitam-se ajudas de como por a máquina de lavar roupa a funcionar! Sou também capaz de fazer uma série... Sozinha em casa... Take1... Filmar...

#2

                              Índia, 21 de Agosto, 1734.
      Meu querido, meu amor, tenho recebido as tuas cartas, e tenho-te respondido a todas. Sinto o meu coração quase a parar das saudades que sinto de ti, elas ocupam-me o espaço interior. Provavelmente, as minhas cartas não têm chegado até ti, mas esta, vou mandá-la na próxima embarcação, com uma senhora que aqui conheci, ela, prometeu entregar-te em mão esta carta. Ela quer ajudar-nos. Eu amo-te tanto meu amor, e queria tanto estar contigo. Todos os dias, ao final da tarde, vou aquele lugar, onde nos beijámos pela última vez, onde te vi desaparecer pelos braços do mar.
 
    Tudo isto tem sido muito difícil, o meu pai, vai casar-me assim que o fizer com a minha irmã que ainda resta. Sinto que não vou ser capaz de superar isto, não quero, amor nenhum, senão o teu! E se tal tiver que acontecer, vou lançar-me ao mar, e chegar até ti, pelo menos de alma. Sufoca-me pensar que poderei não conseguir ver-te mais vez nenhuma, que não teremos a imensidão do tempo ao nosso lado para sermos felizes.
     
      Mas eu também te prometo meu amor, que tentarei todas as coisas possíveis, para chegar até ti! Porque onde quer que esteja, o tear tem o teu rosto, a fonte de água o teu cheiro, e a areia, daquela praia, o teu toque. Sinto-te a cada vez que me sopra a brisa, o teu nome ao meu ouvido, fecho olhos, e realmente, parece que estamos ali, ligados pelo amor que sempre nos vai unir. 
E agora meu amor, é tarde, e tenho que amanhã, muito cedo, levar a carta à senhora, espero que esta finalmente chega a ti, leva o meu cheiro, e um beijo, para que me sintas também a mim, aí, bem perto de ti. Amo-te muito meu amor.
   
     Tenho saudades tuas. Preciso de ti, porque assim não vivo, e quase não sobrevivo.


                                                 Da tua eterna amada, Dalaja.



Voltei! Voltei com uma data de coisas que poderia contar… Mas que agora, paciência, mas não me apetece. Porque hoje, estou assim um bocado para o partida, doem-me os ombros para caraças, porque diga-se de passagem, que dormir em bancos de autocarro não é nada, mas nada de nada confortável. Portanto, venho de baterias carregadas, mas também não me apetece contar muito. Posso deixar aqui, que tenho uma treta de horário escolar! Oh oui! C’est vrai! Uma coisa assim mesmo, coiso! Eu ainda aqui o deixo! Perguntai á vontade sobre as disciplinas de iniciais estranhas, que eu, também só soube hoje do que se tratavam, e devo dizer-vos que eu cá não tenho apoio de inglês. Poderia ter de um francês, que sempre é uma língua mais de amour, agora de um inglês, love já não é tão romântico. Pronto, já estou a descambar do tema, mas é assim mesmo, nada de coisas sérias… Amanhã aulas… Quem diria não é? Vamos lá ver como tudo corre, mas eu preferia que fosse mais devagar para conseguir apanhar a matéria, é que estou poucas vezes atenta á cena… Parce que… Bom isso importa? Nada portanto… E outra coisa, estou á meia hora a escrever isto, porque entretanto, estou a falar sobre a turma deste ano… Não vou já soltar os cães dentro de mim, com relatos de uma só pessoa vá, são apenas novas na escola… Vamos lá ver… É melhor não comenta. Outra coisa! Estou TODA PICADA CARAGO! Sim, sim, sim! Caralhotes para isto! Até amanhã!

(A minha avó chamou-me "puta (= miúda para ela) reles" )

*


12/09 O abraço :)
Gosto ainda mais de ti!
(300º post :) teu...)

Bye!

Chegou finalmente a altura! E aqui vou eu! A dias de começar as aulas, dias esses em que vou perder outra vez, as praxes, mas este ano para praxar. Mas pronto, as opções dizem-me que, ir será bem melhor. Por isso, amanhã o destino é a casa da avó, mas sexta, sexta, vou mesmo! Vou! O Abraço! Porto! Vou lá… Portanto, até para a semana… Volto um dia destes…

Arrepios… Questões… Insegurança… (falta) Profissionalismo… (falta) Técnica… Medo… Ponto de vista (diferente?)… Trabalho… Fotografia… Receio… Mas… Trabalho!

Deseja-me sorte, para este primeiro trabalho fotográfico... Amanhã... É já, amanhã...

Foi amor á primeira vista!


S. -Epa! Estou a ficar com espírito consumista não tou?

N. –Não tas nada!

S. –Tou sim! Eu sei que tou! E tou a ficar com a consciência pesada…

(abri o saco, olhei para eles…)

S. –Opa mas eles são tan lindoooos!!!

N. –Ai amor, pois são!

(mais á frente, depois de passar as portas do metro…)

S. –‘Pera, ‘pera! Vou-me calçar aqui! 

N. –Sim calça!

(e está claro, que me descalcei no metro, para os calçar. E não me canso de dizer, que são tão lindos!)
Minha N. :)


Saudades?

O tempo passa e nem se dá por ele, já vão começar as aulas. Sinto saudades somente mesmo das tardes na Alameda, dos almoços por lá, das conversas lá, de andar de metro, de autocarro, de eléctrico. De ir sem destino explorar Lisboa. Dos gritos, dos abraços, do M. e da C. mas do A. também, e das conversas dele. De fotografar a J. com a N. e de rir a descer a Alameda para o metro. Das tolices da C. daquelas, em que ela não para de rir mesmo, em que quase tenho que a espancar (exagero) para que ela pare. Até tenho das dores dela (que ela não deve ter saudades nenhumas) e da forma como ela se queixava. De brincar com os instrumentos de guerra do N. e da bela da máquina “trográfica” dele! Do F. também tenho montes de saudades! Do martini dele, e das fotografias experimentais com a máquina dele. Do mp3 e do reggae dele. Será escusado. É mesmo inevitável, por mais que não queira, onde passar, vou criar sempre laços, e a saudade vai caminhar sempre lado a lado comigo.

Rastos

Se fosse possível ver um rasto das vidas, via-mos certamente, muitas que se cruzam e seguem sem mais se encontrar, mas também víamos as que seguem lado a lado. Visualizo a imagem, talvez só eu consiga ver, o corpo, e o rasto de memórias, de coisas vividas, como pequenas fotografias, pequenos vídeos de coisas marcantes, tudo bastante veloz. Pairam na atmosfera rastos perdidos que procuram os corpos… Pairam corpos que procuram também o seu rasto. A barafunda na imagem é bastante clara, rastos, fitas, negativos de vidas, cruzados, com nós, presos a dois corpos, rasgados, queimados… E daqui, se tudo fosse real, seria fácil, pegar no meu rasto, e descolá-lo de outros…

Com a pressa dos outros...


      Matam o vício com a pressa dos outros... Caminham com um qualquer calçado roto, estragado e sujo. De cabelo seco e baço, de roupas sem cor, sem textura, sem qualquer coisa que chame a atenção, pela harmonia. Feridas mil, cicatrizes feias, caras sujas, e mãos, escondidas sobre luvas por onde espreitam os dedos. Tremem, e mal falam. Não se sabe se sentem, ou pelo menos, não se quer saber. Espreitam aqui e ali, procurando encontrar a relíquia, que é o lixo de muitos.

     Escondia-se na barba. Olhava de lado. Trazia muitos sacos pretos, nas mãos bastante escuras… De olhar muito vago, sem prestar atenção nenhuma, senão no chão.

     Escondem-se na vida de uma rua, de um qualquer banco de jardim ou de uma entrada de algo, minimamente abrigados do vento e do frio. 

     Procuram, sem se cansar, para poder matar um vício insustentável, nas bermas das estradas, os restos de alguns cigarros, de alguém com pressa com a chegada de algum autocarro deitou fora. E com remendos, com muita procura e um pouco de paciência… Faz-se um cigarro, que quase ninguém fumaria. Mas é assim, que eles matam este vício insustentável… Com a pressa dos outros…