E naquele momento o suave sorriso compôs dois olhares, com saudades, somente deu para o sorriso, o amor estava proibido, por isso, qualquer gesto que o mostrasse era censurado ali. Ele passa as mãos no seu cabelo, gostava dos caracóis perfeitos, depois olha-a nos olhos e ambos brilham, elevam-se em sentimento, não queriam mas o amor ali era visível, partiam para passear, nada de mãos dadas, só podiam conversar… Caminharam, e iam falando, olhando disfarçadamente um para o outro. O facto de ele a ter ido buscar a casa já era um terrível perigo ao amor de ambos. Mas para todos os casos, eram somente amigos, por fora. Porque no seu interior o enlace de ambas as almas era inevitável. Sentaram-se num banco de jardim, o mais discreto possível, sabiam que não poderiam ser vistos em qualquer tipo de intimidade, o dia estava bonito, o sol radioso, e abriram os livros, era essa a tarefa, estudar… Mas como estudar se a vontade que tinham era de se unirem, por isso, deram as mãos debaixo da mesa, estavam sentados o mais juntinho possível, olhavam-se encostavam a cabeça um no outro e ficavam assim com a música, a fazer de conta que liam. Sem medos ele deita a cabeça no seu colo, e conversam sobre tudo o que não poderia ser feito, tudo aquilo que ia terminar aquele amor, toda a ausência de afectos iria terminar tudo. Mas tinha que ser, ele pediu se poderiam ser amigos, ela respondeu que sim com uma lágrima a correr no seu rosto, envolveram-se num abraço forte, e quando se soltaram, foram capazes de sentir o desenlace das suas almas, ele volta para a frente, olha-a nos olhos, passa a mão pelos seus lábios, mas recua. Vai comprar um gelado, e daí… Somente amigos… Mas no fundo, eternos amantes de eles mesmos…

1 Meios Devaneios:

pulguita disse...

ta absolutamente LINDO!!amei...historia proibida...tao cruel...mas tao linda =')...ao menos ai o amor era visivel!!

bjoka e boas ferias=)