Que pouco tenho de meu
Senão o lápis e o pedaço de papel?
Que mais carrego de mim
Senão o meu Eu e o preço de o ser…
Que mais, senão as letras
Soltas no papel com alma.
Mas e vê-las?
Vê-las? Digo… Senti-las assim…
Tal e qual eu que as escrevo.
Quem pode perceber?
Só quem as sente…
Mas e saber sentir?
Saber procurar a alma
No pedaço de papel e…
Percebê-la acima de tudo.
Quem me sente as letras?
Quem as consegue perceber
Da simples mas complexa
Forma como as mostro,
Quem senão eu percebo?
E eu?
Percebo mesmo?
Perceberei eu o que sinto
E tento mostrar no que escrevo?
Quem me perceberá,
Se eu mesma
Não percebo o que sou
Ou o que sinto…

5 Meios Devaneios:

Estrelinha disse...

Escreves tão bem!^^

pulguita disse...

Nunca conseguimos completar a escrita com o que realmente nos completa a nos...Somos demasiados complexos para sintetizar tudo de uma maneira tao simples, que mesmo complicando é sempre minimo em relaçao ao que somos=)

^^ bju*

Eloisa disse...

Dei um pulinho por este teu cantinho... e gostei muito. Parabens.

E sabes, revi.me nas tuas palavras.

"Quem me perceberá,
Se eu mesma
Não percebo o que sou
Ou o que sinto…"

*

Anónimo disse...

Ai que saudadinhas da minha menina. Bem vinda de volta! Gostei da poesia!
Beijo da CILA.

Maísa disse...

Muito lindo, mesmo muito lindo.
Gostei.
Beijo em ti.