Continuação...

parte1 para ler...
Gritou. Gritou tão alto que pude assustar-me. Ela imóvel, de braços caídos, ficou assim segundos. Assustei-me sem razão, ela estava de cabeça vazia, como se tivesse soltado ali quaisquer pensamento, conversa ou tudo o que pudesse existir dentro dela. Debrucei-me sobre o seu rosto e fiquei uns segundos a olha-la, mantinha os olhos e as mãos fechados com força e naquele momento, não consegui entrar-lhe nos pensamentos. Ela ergue-se muito rapidamente, e eu caio para o lado, senta-se, e coloca a cabeça sobre as mãos, olhando para o chão. Eu levanto-me e parei mais uma vez em frente a ela, como se me visse, ergueu a cabeça, e pude ver nos olhos dela, duas pequenas reluzentes lágrimas. Doía-lhe o coração, eu pude sentir isso naquele momento. Porque raio a fui eu abandonar tão cedo… Gostava de poder limpar-lhe as lágrimas, e beijar-lhe o rosto como sempre o fazia quando ela assim estava. Sei que a culpa desta enorme mágoa dentro dela era minha. Ela disse-me que aquela noite era um risco, mas teimosa como era, não iria desistir. Perdi-me eu também em pensamentos enquanto olhava os olhos dela, de menina frágil sensível e tão perdida naquele momento. Quando a oiço, sussurrar “porque me deixaste? Tens noção da falta que me fazes? Bolas! Eu disse-te que ires de mota naquela noite era perigoso!” e desfez-se em lágrimas, olhando para o céu tentando encontrar-me. Sei que não sentiria, mas coloco a mão no rosto dela, não conseguia sentir, mas poderia talvez acalma-la. Andava com ela à dias, e sabia que andava demasiado em baixo, sentia-me culpada por aquilo em parte ser por minha causa… Até que ela se levanta muito bruscamente e se vai embora em passos largos. Fui atrás dela…

1 Meios Devaneios:

pulguita disse...

obrigada minha abrigada...as vezes sabemos que aquela pessoa tao importante esta tão em baixo mas nunca nos apercebemos o quanto..nem se somos nos os culpados por isso!bjao <3